ENTRANDO NO SANTO DOS SANTOS
Pr. Júlio César Nogueira
Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo
A história de Israel foi e é a mais fascinante de todos os tempos, visto que influenciou muitos no passado, influencia em nosso tempo presente e influenciará todas as gerações futuras. Nos anais da história observamos a dificuldade que era para alguém entrar no Santo dos santos.
Vamos ver algumas observações importantes: Deveria pertencer a uma das 12 tribos de Israel, especificamente da tribo de Levi; Não poderia ter defeito físico; Deveria ser primeiro separado a sacerdote, depois consagrado a sumo sacerdote e finalmente ser sorteado para entrar no Santo dos santos, e isto, uma vez no ano, com um detalhe, amarado por uma corda, “segundo alguns historiadores”.
Bem, a partir deste pressuposto, veremos alguns passos para chegar até o Santo dos Santos: 1º) - através do Sangue; 2º) - Limpo pela água; 3º) - Iluminado por uma luz; 4º) - Saciado pelo alimento; 5º) - Exalando perfume; 6º) - Envolvido por uma fumaça.
Isto na Dispensação da Lei. Quando Cristo Jesus disse: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14.6), estava unilateralmente ligado ao tabernáculo, visto que a primeira entrada era conhecida pelos Judeus como “O Caminho”, a segunda entrada, conhecida como “A Verdade” e finalmente o véu que separava o lugar santo do santíssimo, conhecido como “A Vida”. Cristo Jesus em sua trajetória terrena demonstrou na prática a abertura para que todos pudessem entrar no Santo dos Santos com liberdade.
Na entrada conhecida como “O Caminho”, especificamente no átrio, havia duas peças importantíssimas: a primeira, o Altar de Holocausto, que representa o sacrifício, onde um animal era oferecido no lugar do pecador, e seu sangue era derramado entre as grelhas do altar, a fumaça subia e Deus recebia o sacrifício. Cristo Jesus passando pelo caminho, foi o sacrifício único e perfeito em nosso lugar, o sangue de Cristo nos purificou de todo pecado. A segunda peça é a Pia de Bronze, representando a pureza, os sacerdotes utilizavam a água da pia para lavar suas mãos e seus pês, preparando-se para o ofício dentro do Santuário. Jesus disse aos seus discípulos: “Vós já estais limpo pela palavra que vos tenho falado” (João 15.3).
A segunda entrada era conhecida como “A verdade” e em suas peças refletia o caráter e a personalidade de Cristo Jesus, O Candelabro de Ouro, representando Cristo como a luz do mundo (João 8.12), a mesa dos Pães da Preposição, representando Cristo como “O pão vivo que desceu do céu” (João 6.51) e o Altar de Incenso, que representava a intercessão e a adoração que chega ao trono de Deus como um cheiro suave. No Santíssimo ficava a Arca da Aliança, símbolo máximo do Judaísmo. Enfim, chega o ápice, em frente ao véu do Santíssimo, como fazê-lo abrir para dar acesso a todos à presença do criador? Cristo na cruz do calvário da um brado “Está Consumado” (João 19.30). Os historiadores contam-nos que o véu do templo em Jerusalém se rasgou de alto a abaixo, representando a franquia liberada para todos e fez de nós um reino de sacerdotes a fim de servirmos ao seu Deus e Pai. A Jesus Cristo sejam dados a glória e o poder para todo o sempre! Amém! (Apocalipse 1.6).
Para ter plena confiança de entrar no Santo dos Santos, deve-se sacrificar seus desejos em prol do evangelho de Cristo, purificar-se com a palavra, ser iluminado e iluminar o maior raio de alcance possível, ser alimentado e dar alimento aos pobres e necessitados de Deus, ser um adorador por excelência e viver submetendo a perfeita vontade de Deus - (Romanos 12.2).
*JÚLIO CÉSAR NOGUEIRA é Pastor Regional do Templo Matriz em Coronel Fabriciano, Bacharel em Teologia com pós-graduação em Ciências da Religião e 2º Secretário Executivo das Assembleias de Deus – Ministério de Coronel Fabriciano e Ipatinga, em Minas Gerais.