23/11/2016

ENTRANDO NO SANTO DOS SANTOS

Pr. Júlio César Nogueira

Rose Caetano


Pr. Júlio César Nogueira

Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo

A história de Israel foi e é a mais fascinante de todos os tempos, visto que influenciou muitos no passado, influencia em nosso tempo presente e influenciará todas as gerações futuras. Nos anais da história observamos a dificuldade que era para alguém entrar no Santo dos santos.

Vamos ver algumas observações importantes: Deveria pertencer a uma das 12 tribos de Israel, especificamente da tribo de Levi; Não poderia ter defeito físico; Deveria ser primeiro separado a sacerdote, depois consagrado a sumo sacerdote e finalmente ser sorteado para entrar no Santo dos santos, e isto, uma vez no ano, com um detalhe, amarado por uma corda, “segundo alguns historiadores”.

Bem, a partir deste pressuposto, veremos alguns passos para chegar até o Santo dos Santos: 1º) - através do Sangue; 2º) - Limpo pela água; 3º) - Iluminado por uma luz; 4º) - Saciado pelo alimento; 5º) - Exalando perfume; 6º) - Envolvido por uma fumaça.

Isto na Dispensação da Lei. Quando Cristo Jesus disse: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14.6), estava unilateralmente ligado ao tabernáculo, visto que a primeira entrada era conhecida pelos Judeus como “O Caminho”, a segunda entrada, conhecida como “A Verdade” e finalmente o véu que separava o lugar santo do santíssimo, conhecido como “A Vida”. Cristo Jesus em sua trajetória terrena demonstrou na prática a abertura para que todos pudessem entrar no Santo dos Santos com liberdade.

Na entrada conhecida como “O Caminho”, especificamente no átrio, havia duas peças importantíssimas: a primeira, o Altar de Holocausto, que representa o sacrifício, onde um animal era oferecido no lugar do pecador, e seu sangue era derramado entre as grelhas do altar, a fumaça subia e Deus recebia o sacrifício. Cristo Jesus passando pelo caminho, foi o sacrifício único e perfeito em nosso lugar, o sangue de Cristo nos purificou de todo pecado. A segunda peça é a Pia de Bronze, representando a pureza, os sacerdotes utilizavam a água da pia para lavar suas mãos e seus pês, preparando-se para o ofício dentro do Santuário. Jesus disse aos seus discípulos: “Vós já estais limpo pela palavra que vos tenho falado” (João 15.3).

A segunda entrada era conhecida como “A verdade” e em suas peças refletia o caráter e a personalidade de Cristo Jesus, O Candelabro de Ouro, representando Cristo como a luz do mundo (João 8.12), a mesa dos Pães da Preposição, representando Cristo como “O pão vivo que desceu do céu” (João 6.51) e o Altar de Incenso, que representava a intercessão e a adoração que chega ao trono de Deus como um cheiro suave. No Santíssimo ficava a Arca da Aliança, símbolo máximo do Judaísmo. Enfim, chega o ápice, em frente ao véu do Santíssimo, como fazê-lo abrir para dar acesso a todos à presença do criador? Cristo na cruz do calvário da um brado “Está Consumado” (João 19.30). Os historiadores contam-nos que o véu do templo em Jerusalém se rasgou de alto a abaixo, representando a franquia liberada para todos e fez de nós um reino de sacerdotes a fim de servirmos ao seu Deus e Pai. A Jesus Cristo sejam dados a glória e o poder para todo o sempre! Amém! (Apocalipse 1.6).

Para ter plena confiança de entrar no Santo dos Santos, deve-se sacrificar seus desejos em prol do evangelho de Cristo, purificar-se com a palavra, ser iluminado e iluminar o maior raio de alcance possível, ser alimentado e dar alimento aos pobres e necessitados de Deus, ser um adorador por excelência e viver submetendo a perfeita vontade de Deus - (Romanos 12.2).

*JÚLIO CÉSAR NOGUEIRA é Pastor Regional do Templo Matriz em Coronel Fabriciano, Bacharel em Teologia com pós-graduação em Ciências da Religião e 2º Secretário Executivo das Assembleias de Deus – Ministério de Coronel Fabriciano e Ipatinga, em Minas Gerais.