CURIOSIDADES
Em março de 1971, na Assembleia Ordinária da COMADEMG - Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus em Minas Gerais, que aconteceu em Belo Horizonte, foram ordenados ao pastorado os seguintes obreiros do Vale do Aço: Adalberto Paes Campos, Antônio Rosa da Silva, Adão Alves de Araújo e Abílio Gonçalves Dias.
A congregação no povoado de Brejaúba, em Mesquita (MG), é a mais antiga igreja do Ministério de Coronel Fabriciano e Ipatinga – Minas Gerais e de onde saíram diversos obreiros para trabalharem na obra do Senhor.
O Pr. José Alves Pimentel foi o primeiro obreiro a ser consagrado como Pastor no Estado de Minas Gerais.
VIAGEM
Gunnar Vingren e Daniel Berg chegaram à cidade de Belém, capital do Estado do Pará, no dia 19 de novembro de 1910. Eles viajaram durante 14 dias como passageiros do navio “Clement” que veio de Nova Iorque, Estados Unidos e atracou no porto de Belém. Gunnar Vingren estava com 31 anos de idade nesta época e Daniel Berg com 26 anos.
JORNAL
Antes de os missionários Gunnar Vingren e Samuel Nyström começarem a editar o jornal pioneiro “Boa Semente”, Almeida Sobrinho e João Trigueiro lançaram em 1917 o “Voz da Verdade”. Almeida Sobrinho, um pastor batista que se tornara pentecostal, era o redator-responsável e era auxiliado por João Trigueiro da Silva. Não era o órgão oficial da Missão de Fé Apostólica (como era conhecida a Assembléia de Deus em seus primeiros anos), pois atendia também a três outras igrejas da cidade, as quais criam nas mesmas verdades da doutrina do Espírito Santo. Essas igrejas eram pastoreadas por Almeida Sobrinho.
OBREIROS
A primeira Escola Bíblica de Obreiros nas Assembléias de Deus aconteceu em 1922 em Belém do Pará. Durou um mês, de 4 de março a 4 de abril. Participaram 16 obreiros, além do ministrante que foi o missionário sueco Samuel Nyström. Ele havia estudado na Escola Bíblica da Missão Örebro na Suécia em 1914, antes de ser separado evangelista. O tema dos estudos bíblicos foi “A obra de Deus”. O modelo de realização de escolas bíblicas para formação bíblica, espiritual e ministerial de obreiros foi inspirado no modelo adotado pelos pentecostais suecos. De 1922 em diante, em todas as partes do Brasil, escolas bíblicas para obreiros passaram a ser realizadas nas Assembléias de Deus, porém, duram apenas uma semana. As mais conhecidas atualmente são as da Assembléia de Deus de Recife, Curitiba e Belenzinho, em São Paulo.
VENENO
Em Jaci-Paraná, por volta de 1921, um homem turco, cuja esposa se convertera, uma vez tentou atirar no missionário norte-americano Paul John Aenis para matá-lo, e depois lhe deu para beber um copo de limonada com veneno, mas Deus preservou a vida do missionário, pois o homem não sabia que o limão cortara o efeito daquele veneno. Pouco tempo depois, aquele homem converteu-se e pediu para ser batizado nas águas pelo próprio missionário Paul John Aenis que se tornou o fundador das Assembléias de Deus no Estado de Rondônia, e pioneiro pentecostal na região do rio Madeira no Estado do Amazonas e do rio Guaporé, no noroeste do Estado do Mato Grosso, fronteiras entre Brasil e Bolívia.
MÚSICA
Eusébio de Cesaréia (260-340) é considerado, com justa razão, o pai da História da Igreja Cristã. O que poucos estudiosos sabem é que ele foi também um grande apreciador da verdadeira música sacra. Embora vivesse num período em que esta apenas ensaiava seus primeiros passos, pôde Eusébio externar-se muito emocionado:
“Nós cantamos o louvor de Deus com saltério vivo. Porque mais agradável e caro a Deus do que qualquer instrumento é a harmonia da totalidade do povo cristão. Nessa cítara é a totalidade do corpo, por cujo movimento e ação a alma canta hinos adequados a Deus, e nosso saltério de dez cordas é a veneração do Espírito Santo pelos cinco sentidos do corpo e as cinco virtudes do espírito.
Nós, pentecostais, também temos o nosso saltério; a Harpa Cristã. Ao longo dessas décadas de avivamento e visitações contínuas ao cenáculo, vimos caracterizando-nos como uma fervorosa comunidade de adoração. E não foi sem motivo que os pioneiros oficiais houveram por bem denominar nosso hinário oficial de Harpa Cristã.
HARPA CRISTÃ
A Harpa Cristã é o hinário oficial das Assembleias de Deus no Brasil. Ela foi especialmente organizada com o objetivo de enlevar o cântico congregacional e proporcionar o louvor a Deus nas diversas liturgias da igreja: culto público, santa ceia, batismo, casamento, apresentação de crianças, funeral, etc.
A sua primeira finalidade é transformar nossas igrejas e congregações em comunidades de perfeita adoração ao Único e Verdadeiro Deus. Não pode haver igreja sem louvor.
Em 1922, foi lançada em Recife/PE, a primeira edição da Harpa Cristã, que viria a se tornar no hinário oficial das Assembleias de Deus. Sob a orientação editorial do Pastor Adriano Nobre, teve uma tiragem inicial de mil exemplares, e foi distribuída para todo o Brasil pelo missionário Samuel Nyström.
A segunda edição da Harpa Cristã, já como 300 hinos, foi impressa nas Oficinas Irmãos Pangeti, no Rio de Janeiro, em 1923. Já em 1932, tinha a Harpa Cristã 400 hinos.
MÚSICA II
Na elaboração de nossos hinos, muito contribuiu o missionário Samuel Nyström. Como não tivesse perfeito conhecimento da língua portuguesa, ele traduziu, literalmente, diversas letras da riquíssima hinódia escandinava. Para que os poemas fossem adaptados às suas respectivas músicas, foi necessário que o Pastor Paulo Leivas Macalão empreendesse semelhante tarefa. Por isso, tornou-se o Pastor Macalão no principal elaborador e adaptador de nosso hinário oficial.
HARPA CRISTÃ II
Em 1937, a Convenção Geral das Assembleias de Deus, reunida em São Paulo/SP, nomeou uma comissão para editar e imprimir a primeira Harpa Cristã com música. Desta comissão faziam parte: Emílio Conde, Samuel Nyström, Paulo Leivas Macalão, João Sorhein e Nils Kastiberg. Neste empreendimento, também tomou parte ativa o Dr. Carlos Brito,
CGADB
A história da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil - CGADB dá-se no ano de 1930. Após três décadas do surgimento no país das Assembléias de Deus, devido ao estupendo crescimento do movimento pentecostal iniciado pelos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, os pastores das Assembleias de Deus resolveram que já era tempo de se criar uma organização que estabeleceria o espaço para discussão de temas de máxima relevância para o crescimento da denominação.
A CGADB foi idealizada pelos pastores nacionais, visto que a igreja estava na responsabilidade dos missionários suecos e deram os primeiros passos em reunião preliminar realizada na cidade de Natal/RN em 17 e 18 de fevereiro do ano de 1929 e a primeira Assembleia Geral da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil foi realizada entre os dias 5 e 10 de setembro, onde se reuniram a maioria dos pastores nacionais e os missionários que atuavam no país. Foi nessa Assembléia Convencional que os missionários suecos transferiram a liderança das Assembleias de Deus no Brasil para os pastores brasileiros. Nesta mesma reunião que liderança nacional decidiu-se por se criar um veículo de divulgação do evangelho e também dos trabalhos então realizados pelas Assembleias de Deus em todo o território nacional. Estava lançada a semente do que viria a ser o atual jornal Mensageiro da Paz. Com a rápida repercussão nacional, o periódico, então dirigido pelo missionário Gunnar Vingren, tornou-se o órgão oficial das Assembléias de Deus no Brasil.
COLHEITA
Em virtude de seu fenomenal crescimento, principalmente depois dos anos 90 com a criação e ação da chamada Década da Colheita, iniciativa das Assembléias de Deus, os pentecostais começaram a fazer diferença no cenário religioso brasileiro. De repente, as autoridades religiosas e seculares despertaram para uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia vir a tornar-se, no futuro, uma nação protestante. Tal possibilidade se tornou ainda mais real com a divulgação entre o final de 2006 e início de 2007 por um instituto de pesquisa de que, com vinte milhões de fiéis, o Brasil é o maior país pentecostal do mundo.
As Assembleias de Deus chegam ao seu centenário como uma igreja forte, crescente e saudável, mantendo a pureza da doutrina pentecostal e, desafiando os especialistas em crescimento de igreja, continua expandindo-se desta feita para além das fronteiras, realizando um extraordinário trabalho missionário, tendo obreiros em quase todos os países do globo.